SEXO LENTO E A CURA DA VAGINA

 Não é necessária uma violação para que uma vagina fique traumatizada.

Quando tratada de uma forma bruta e violenta, mesmo que dentro de um relacionamento estável e aparentemente saudável, os tecidos da vagina, extremamente sensíveis podem perder a sua altíssima sensibilidade.

No ocidente homens e mulheres aprendem a arte de fazer amor com a pornografia, indústria que trabalha com a intenção de atrair maioritariamente um publico masculino desde tenra idade, estimulando o abuso da integridade e do corpo feminino.

Neste tipo de produção, não são raras as vezes em que o homem “consome” e abusa do corpo da mulher como um animal, batendo-lhe com força e brutalidade, humilhando-a e diminuindo o seu valor.


Este tipo de mensagem é depois replicada pelo homem, nas suas relações intimas.


Ignorante da verdadeira arte de fazer amor, a maioria dos homens ocidentais desconhece a fisionomia feminina bem como a altíssima sensibilidade da vagina, a somar o facto de que muitas mulheres aceitam este tipo de comportamento, por elas próprias não estarem disponíveis para respeitar e ouvir o seu próprio corpo.

Muitas sujeitam-se a este tipo de comportamento porque temem perder o homem.

A solidão é um dos maiores temores do feminino.

Ao permitir a violência a mulher vai sofrendo uma diminuição gradual das suas qualidades receptivas.

No Ocidente o homem penetra a mulher muito antes de que a temperatura sexual dela esteja suficientemente alta para convidá-lo a entrar.

Em segundo lugar, após a entrada do homem, produz-se uma série de fricções do pénis contra as sensíveis e suaves paredes vaginais que causam outro efeito negativo:

A vagina deixa de ser um canal altamente sensível e receptivo, para ser um canal endurecido e “couraçado”.

Em terceiro lugar, os movimentos mecânicos da pélvis, próprios do sexo convencional contribuem, ainda mais, para aumentar a crescente insensibilidade do interior da vagina.

O Sexo lento e a cura da vagina

Um exemplo concreto da conexão entre os seios e vagina-útero, é o fato de que a sucção do recém-nascido ativa a expulsão da placenta e que as mães quando amamentam, geram oxitocina que atua ao nível do colo do útero.

Então será suficiente uma boa estimulação dos seios para chegar ao orgasmo?

Existem muitas mulheres que não necessitam deste passo para atingir o clímax, mas para a maioria este é um passo precioso, que se fosse respeitado e bem conduzido possivelmente não existiriam tantas mulheres  frigidas ou com dificuldades para atingir o orgasmo.

Quando bem estimulados, os seios promovem um tipo de energia que inunda e acende a vagina.

Numa relação heterossexual, a vagina, como polo passivo, deve estar totalmente preparada para receber o máximo de impacto da energia masculina.

É importante reconciliarmos a natureza receptiva / passiva da sexualidade feminina.

Passiva não quer dizer submissa.

Na Sexualidade Sagrada, a mulher recebe no seu corpo a energia masculina e é por isso que se diz que é o polo passivo: o seu movimento não é para a frente nem para fora, como no caso da energia masculina, mas sim de dentro para cima.

Quando a vagina da mulher vibra como resposta magnética às carícias dos seus seios, torna-se receptiva e ativa em si a energia sexual, criativa e prazerosa

Este é o momento em que a mulher percebe que está pronta para o coito.

É um acontecimento energético completamente espontâneo: um “Sim” absoluto à penetração que parte das profundezas.

Então pode abrir-se a entrada da energia dinâmica do pênis criando um circuito eletromagnético vivo.

A vagina “derrete” à volta do pénis e bebe a energia que irradia dele.

A mulher, como força receptiva feminina, possui a capacidade de arrastar a energia masculina para cima através da sua vagina, levando-a ao coração e elevando-a a uma frequência mais alta.

O sexo é um ato sublime de comunicação sutil e poderosa e como em toda dinâmica de comunicação, o receptor deve estar disposto e aberto para receber o que o emissor tem para expressar.

Se o emissor e o receptor estão bem sintonizados, então a comunicação flui, da mesma forma também a energia sexual flui através desta dinâmica de receptividade e abertura de um ao outro.

 Se não, por mais que o emissor queira dar a sua energia / informação, o receptor não pode absorver ou Integrá-la.

… amor, escuta, lentidão, silêncio, interiorização, presença…

Estas são as chaves para despertar o poder sexual feminino na relação.

Um poder que deve ser aquecido em lume brando e quando chega à fervura tem uma energia tal que pode levar a mulher a estados alterados de consciência inimaginados capaz de fazer derreter o maior iceberg. E até mesmo apaziguar ou curar, algumas feridas emocionais sexuais.

O caminho da cura está nas nossas mãos …

O primeiro passo deverá ser olharmos para a nossa sexualidade com vontade de a aperfeiçoar, só assim teremos a possibilidade de mudar a nossa energia alquímica e isto terá uma consequência imediata em toda a nossa vida.



Este texto foi elaborado segundo os ensinamentos de Ollin Mazatzin Emekauko por Rute Alegria

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