O
conceito de amor varia de acordo com o tempo e é diferente de indivíduo para
indivíduo, ou melhor, o amor pode ser tratado como uma experiência particular,
pois cada ser humano é único e é possível compreendê-lo a partir de seu grupo de
interesses comuns. Nessa ótica, verifica-se que o amor parece ser simples, mas
é composto por elementos básicos para sua edificação como o estilo adotado pelo
casal, a partir de suas emoções e comprometimento.
Dessa maneira,
se um dos pares ama e se juntos, conseguirão manter esse amor, a intimidade e os
laços afetivos que foram construídos durante a relação poderão ajustar as
dificuldades que normalmente surgem entre o casal. Assim, a vivência do amor
será mais leve e romântica para o vínculo amoroso.
Apesar
de a consumação sexual ser o ingrediente principal, podem estar presentes
também na paixão, a dominância, a submissão, auto-estima, entre outros.
Nesta
área, inúmeras matérias são desenvolvidas para explicar comportamentos,
mudanças, responsabilidades, modelos e cuidados nos relacionamentos.
Verifica-se um processo de transformação em que valores e papéis tiveram várias
configurações. Homens deixam de ser heróis e bravos, e as mulheres, cuidadoras,
modestas, doces, ponderadas e passivas. Atualmente, a mulher empoderou-se de
sedução como Eva no paraíso. Hoje, ela é vista como a sexualizada, sedutora,
astuta, audaciosa, poderosa, guerreira, corajosa, ambiciosa e determinada.
Sendo assim, todas as implicações que permeiam a área conjugal tomam outro
rumo. Essa nova concepção da mulher favoreceu a estrutura familiar e as
relações, tornando-as mais confortáveis e alegres. Dessa forma, foi dado à
mulher um lugar de destaque, uma vez que ela pode escolher com quem deseja
estar e ter ao seu lado. Essa nova configuração a ajudou a viver o amor
romântico de forma mais livre. Portanto, não há um motivo para que o casal
permaneça em um relacionamento sem experimentar o que há de melhor, ou seja, um
sentimento saudável com amor. O amor visto desta perspectiva é tratado como
sentimento de leveza, afetuoso e de satisfação sexual. A dificuldade em
manter-se na condução de sua vida é quando o processo de separação afeta o
aspecto afetivo e prático, quer dizer, o sentimento de perda está relacionado
ao sofrimento, impossibilitando um ou outro (ou os dois) a reestruturar e
reorganizar sua identidade e sua auto-estima, uma vez que o indivíduo deixa o
status de ter alguém e passa a ficar sozinho. Diante desse enquadramento
social, as pessoas demonstram não saber ao certo o que fazer e se desesperam.
Caiu? Levanta, sacode a poeira e vai à luta!
Identificar
o amor em outra pessoa é essencial para seu bem estar porque todos nós temos
necessidades de sermos felizes, dividir emoções sem medo. Arriscar-se faz parte
desse processo.
Em
última análise, os princípios de um casal são basicamente a união, a integração
e o desejo de um compromisso. O importante é ter um olhar diferenciado do que é
o amor. Cada um ajuda o outro a integrar-se completa e harmoniosamente, cada
vez mais, por meio de uma força saudável, em desejar querer uma companhia.
Apesar
deste acesso a todo e qualquer tipo de informação concernente ao amor, casal,
vida afetiva, as buscas são recorrentes para encontrar a receita ideal, ser
feliz ou ter alguém que lhe faça bem. Contudo, o amor pode tomar diferentes
formas de acordo com a satisfação pessoal. Tentar reconstruir a vida afetiva
após um rompimento é um elemento difícil, mas não impossível. É importante
criar um espaço em sua vida para a busca da felicidade. Não importa o que os
outros vão achar ou dizer. O importante é rever seus próprios valores. O que
“eu” vou falar de mim? O investimento e a vontade devem ser constantes, exercer
a sua entrega feminina e masculina de uma forma desapegada, onde a dependência
não precisa acontecer com tanta profundidade. Está na hora de manifestar a autonomia
de uma forma mais empoderada, sábia, completa e harmônica. Assim, conseguirá
viver um encontro mais completo e saudável em um caminho de aprendizado e
desenvolvimento. Se há vida, existe prazer, encontra-se a erotização, a vontade
de estar participando da beleza que os nossos corpos nos oferecem na conexão e
na ligação íntima com a outra pessoa.
Por que
negar isso a você? A vida que habita no seu corpo lhe presenteia com a
possibilidade de experimentar, vivenciar sentimentos novos e nobres que talvez
você ainda não tenha tido acesso ou vivido da forma que poderia ter desfrutado
e gozado. Fique bem e seja feliz.
Por
Rejane Romero
Pedagoga
Assistente Social
Palestrante
Palestrante
Especialização em Psicologia dos Distúrbios
de Conduta
Mestre em Psicologia Social
Assessora Pedagógica do Programa Comandante
de Companhia – Marinha do Brasil
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