O amor é um sentimento sublime, para existir é necessário o respeito
mútuo.
O amor é construído ao
longo do tempo e da convivência. Hoje, os pais enfrentam grandes
dificuldades porque não conseguem criar os filhos da mesma forma que foram
educados, as gerações mudaram, a vida é movimento, transformação, realização,
conquistas e descobertas a desdobrarem-se pelo infinito.
Sendo assim, educar é proteger
os filhos e fazer reformulações conceituais e sociais, desconstruir algumas
ideologias baseadas na evolução do mundo, tendo em vista os acontecimentos,
amadurecimentos, pluralismo e novas formas de família. Para tal
desenvolvimento, é necessário os pais abordarem assuntos como: o que é a
questão de gênero, novos vínculos familiares, igualdade, drogas, divórcio,
sexualidade, orientação sexual, respeito à diversidade sexual, homofobia e suas
consequências, entre outros. A base é a família. Para tanto, deve criar
oportunidades de diálogo, estabelecer, pelo menos, um dia na semana, para
jantarem todos à mesa; uma reunião semanal ou quinzenal com duração de 30 min
para garantir momentos produtivos de integração e avaliação, criando um clima
de troca e conhecimento familiar. Os pais devem perguntar aos filhos: "você
me ama? O que eu faço que você não gosta? Pai/mãe devem, também,
falar o que o aflige. Criar essa oportunidade para o diálogo é enriquecedor no
meio familiar. As frustrações e exclusões fazem parte do mundo logo na vida dos
filhos. Então precisam se inteirar desses impactos, é a
preparação para o mundo. Não é a vida que deve ensinar seus filhos mas os pais.
A família monoparental onde apenas um dos genitores assumem, na maioria,
a mãe: separada, divorciada, a viúva , solteira. Mostrar aos filhos que a
vida nem sempre é favorável, é composta de altos e baixos; alegria e tristezas;
saúde e doenças; vida e morte; riqueza e pobreza; oportunidades boas e ruins.
Cabe aos pais mostrar essa realidade por meio do diálogo, não permitir
que "os oportunistas", o mundo de consumo, apresentem essa realidade
na prática, ou seja, sua filha deseja algo que a colega possui porém os pais
não tem para oferecer e, infelizmente, não foi preparada, ao longo das fases da
vida, que nem sempre podemos ter tudo que queremos então essa jovem , " se
vende" para obter o que deseja ou aceita drogas, acreditando que poderá
relaxar e esquecer os problemas. Entretanto, sabemos que durante
seu aprendizado não foi preparada para saber que problemas todos terão, de
formas diferentes e, as drogas não farão acabar o impasse, irão sim, piorar.
Ensina seus filhos a dizer NÃO, a qualquer pedido inconveniente, a
situações impróprias e não deve permitir que sejam influenciados e pressionados
pelo grupo a ponto de se envolverem em situações que irão prejudicá-los.
Numa ótica de
modernidade, observamos que o modelo de família foi alterado por meio de
avanços tecnológicos e de costumes. Assim, não temos um padrão a seguir
porque não é como uma receita, porque cada família sofre suas mudanças, alcança
outras formas e adquirem um caráter proeminentemente social. Quando os pais não
conseguem conduzir as manifestações de conflitos devem procurar ajuda. E se
alguma situação não está bem em nossa vida, parece que começam a "cair
tudo da estante", paulatinamente, surgem vários problemas em outras áreas,
tais como: afetiva, profissional, financeira, material... a energia é muito importante. O
estado emocional afeta nossas áreas, então se em casa tudo está mal é porque minha
vida foi afetada. Precisamos manter um relacionamento em que o respeito e o
amor harmonizem a convivência, tornando-a natural, agradável e facilitadora.
O objetivo precípuo desta matéria é mostrar que com a valorização
suprema da dignidade do ser humano, a família foi atingida com o excesso de
liberdade e permissividade. Entretanto, devemos proteger e despertar na
família o propósito de desenvolver e investir em um ambiente com
segurança, afeto e amor onde questões sociais devem ser discutidas e
informadas. O desenvolvimento psicossocial deve ser resguardado. Os pais
precisam preservar os filhos, ensinar e colocar limites. Um lar
precisa de regras a serem seguidas e ter o direito à convivência social e
familiar saudável.
Por
Rejane
Romero
Pedagoga
Assistente
Social
Palestrante
Especialização
em Psicologia dos Distúrbios de Conduta
Mestre
em Psicologia Social
Assessora
do Projeto Comandante de Companhia – Marinha do Brasil
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