TUDO PASSA

A perspectiva do relacionamento sempre é romantizada, a partir de uma relação apaixonada e com as melhores expectativas possíveis. Um casal motivado encontra nas pequeníssimas coisas, grandes emoções que são essenciais para viver momentos empolgantes. Sem emoção, nada tem graça. No início de uma relação, tudo é mais fácil. 

A palavra amor aparece como consequência da relação, ficar junto, sentir falta, ouvir a voz, mimar, saber onde está, confiar, afeto, carinho, o cheiro e a lealdade. Todavia, cada um vê o amor de forma diferente porque tal sentimento é subjetivo e não é algo que simplesmente se sente, mas é também produto de uma relação satisfatória em que há afinidade entre os parceiros e na qual ambos se completam e contribuem para uma relação saudável e prazerosa.

Diante disso, verifica-se que, no conjunto das definições sobre o amor, não se pode esquecer que a adaptação segue o mesmo padrão e está fortemente relacionada à construção do relacionamento. Outro aspecto importante é que além de descobrir o sentimento que flui gradativamente, deve-se manter acesa a chama da paixão para que possam desfrutar dela. O amor precisa de espaço para ser sentido.

No início e ao longo da convivência surgem as mais diferentes dificuldades com as quais se precisa lidar, são situações que fazem com que a pessoa conheça melhor o (a) outro (a). O erro é criar expectativas demais nesse processo de adaptação. É necessário aprender a aceitar as diferenças, hábitos, vontades, complicações e ter paciência para superá-los. Descobrir quem é o (a) outro (a) com a qual iniciamos um relacionamento é um processo gradual.

No espaço afetivo, ou seja, na manutenção do casal, ambos devem proporcionar a satisfação do outro, porém, isso só é possível a partir da intimidade entre os parceiros. Nem sempre os resultados são favoráveis e alguns, talvez, não alcancem o companheirismo, parceria, cumplicidade, lealdade e respeito, que desejaram.

Contudo, pode-se ter como objeto de nosso prazer, uma coisa ou alguém, entretanto, rapidamente e / ou, aos poucos, perde-se aquele desejo. Visto que, se um sujeito se sentir atraído por alguém e resolver ficar com a pessoa, este fica feliz, acredita que esse (a) parceiro (a) é a fonte da felicidade, e com o passar dos dias, meses e anos, volta ao estado inicial. O casal vive uma euforia efêmera, e, na medida em que a paixão vai diminuindo, pode sentir que esse período de glamour, onde os hormônios ficavam altíssimos, tornou-se um sofrimento, às vezes, somente para um deles. Porém, confiem, será superado, vai passar, tudo passa na vida. O tempo é o remédio para a dor da perda, o sofrimento faz crescer. É necessário se adaptar à nova condição de vida, mesmo com esse sofrimento. As pessoas precisam compreender que a frustração acontece. Assim, quando entrar em um novo relacionamento, evite se entregar 100% logo de início. Procure se envolver aos poucos, porque criar grandes expectativas podem gerar decepções e frustrações e fazê-lo (a) novamente sofrer. Vá com calma! No final, nos adaptamos. 

Verifica-se, inicialmente, que algumas pessoas insistem em manter a relação que está trazendo mais desvantagens do que benefícios. É difícil aceitar que chegou ao fim, mas, o castelo desmoronou. Forçar uma situação poderá causar problemas como, insultos, insatisfação, infelicidade, desilusões e baixa autoestima. Alguns casos chegam à violência física, moral, patrimonial, psicológica e sexual. Sabedoria é a palavra chave para entender que o desaparecimento da paixão deu lugar ao vazio. Ela é passageira. Para algumas pessoas é difícil aceitar que a relação acabou mesmo. 

O ideal é se amar primeiro para dar mais valor a si mesmo (a), já que o parceiro (a) não quer te dar o valor que você merece ter, de forma recíproca. Seja aquela pessoa que tanto procura na vida, antes de buscar por alguém que te satisfaça afetivamente. O amor próprio é um sentimento: é eu me amar. 

Desse modo, aproveitar os bons momentos na vida é o grande segredo porque tudo passa, as coisas boas e ruins, não espere que sua vida seja transformada depois de conhecer um “grande amor”. Apenas viva! Ame! Aproveite! Desfrute de momentos em harmonia! Será que alguém tem a resposta como se descreve a felicidade? Existe o amor verdadeiro? As pessoas mais felizes são as que se sentem bonitas. Ame a vida e então vai encontrar pessoas que realmente vão lhe amar e aceitar você como é. No entanto, quanto mais forte forem os laços afetivos, maior a probabilidade das sensações de que a vida é bem melhor junto de quem escolhemos para estar ao nosso lado sem cobranças. Ao que tudo indica, o gostoso é estarmos na condição de arquitetos da nossa alegria, e esperarmos o momento de que alguém possa vir à nossa vida, e acrescentar uma qualidade extraordinária, inacreditável e inesquecível.

Por

Rejane Romero

Pedagoga

Assistente Social
Palestrante

Especialização em Psicologia dos Distúrbios de Conduta

Mestre em Psicologia Social

Assessora Pedagógica do Programa Comandante de Companhia – Marinha do Brasil