RECIPROCIDADE E VALORIZAÇÃO NO AMOR

Reciprocidade significa mutualidade, por isso, deve ser apresentada como uma norma imprescindível para uma convivência saudável.

Para se sentir feliz e realizada, é necessário acionar sempre o universo amoroso que tem a ver com os sentimentos e as emoções. A paixão é irrefreável, atraente e deliciosa porque explode de emoção, mas, às vezes, faz-nos sofrer. O importante é perceber o sentido da vida e aprender também com o outro: dividir, ouvir, respeitar, sentir, torcer, rir, superar, e o outro fazer o mesmo com você. A reciprocidade é o ingrediente que falta em alguns relacionamentos, visto que, sem cumplicidade e sem respeitar o esforço do outro, a tendência é que o relacionamento se dissolva.



Demonstra-se, outrossim, que a relação é boa, somente enquanto o casal consegue gerenciar os conflitos, as frustrações, e as expectativas em relação às esferas da vida. É um exercício que se precisa aprender como:

  • mimar o parceiro (a). Os (as) homens/mulheres gostam de ser mimados (as). É uma boa ação, porém, muitos casais consideram o mimo um supérfulo, mas que surte efeitos positivos, tais como: oferecer água, vestir o pijama ou a camisola antes de dormir, calçar o chinelo, preparar um lanchinho para o marido levar para comer no trabalho, preparar uma fruta e colocá-la num recipiente, são exemplos que fazem com que a pessoa se sinta amada, protegida, acolhida, criando então, um laço muito forte entre o casal porque ele ou ela sempre vai lembrar que existe alguém que se preocupa com o outro;
  
  • admirar o outro. Isto é um elogio que atinge o âmago, sustenta a relação, faz a temperatura da relação atingir 50°;


  • dialogar, porque a comunicação é uma falta imprescindível já que ela expressa as emoções. Às vezes, o sujeito interpreta uma ação de forma errônea e, através do diálogo, é que o entendimento acontece. O casal precisa aprender a conversar. O diálogo é o ponto de partida; e


  • ouvir, deixar o outro falar sem interrupção. Se for num momento de descontentamento, a interrupção acarretará em discussão, então, aprenda a ficar calado (a) sem intervir. Quando o outro que está nervoso acabar de falar, então, dê a sua opinião. Essa palavra possibilita um processo de interpretação de fatos e compreensão.



Praticar esses itens possibilita reconhecer que todos merecem respeito e ser felizes.
Sendo assim, algumas mulheres atualmente buscam a supremacia, não aceitam mais que o papel de um seja assumido em prejuízo do outro. Isto quer dizer que quanto mais a mulher confirma que o relacionamento não a satisfaz, maior o questionamento em relação ao seu companheiro. Não há troca, mesmo que isso a faça sofrer. Ela passa a ter consciência de que tem valor e é reconhecida pelas suas lutas e esforços. No passado, a mulher era atribuída a um status social inferior ao do homem, no qual deveria dedicar-se exclusivamente ao lar e à família. Atualmente, as mulheres lutam, estudam, trabalham, buscam a perfeição por melhores condições de vida e por emancipação. Conquistaram uma participação ativa no mercado de trabalho, em concursos públicos, política, universidades e pós-graduações, contribuem ativamente nas despesas do lar, e uma grande maioria mantém a casa como provedora.
A legitimação social do ingresso das mulheres no mercado de trabalho fez com que a sociedade tivesse outro olhar, ou seja, as mulheres conquistaram uma identidade definida, de uma identidade que tinha como referência o homem, porém, agora, conquistaram o empoderamento, tomaram posse de seus direitos, tais como a Lei Maria da Penha, que surgiu para proteger mulheres vítimas de violência doméstica (cinco mulheres a cada dois minutos são submetidas à violência e 15 mulheres morrem por dia, vítimas do feminismo e assédio no Brasil, em busca da liberdade e igualdade).
A trajetória dessa mulher que conseguiu conquistar tal independência econômica percebeu que tais conquistas não são efetivamente a realidade social em seu dia a dia. Há ainda reivindicações a fazer, como por exemplo: a equiparação salarial, o descompasso nas relações da mulher e do homem com a família, “mulher não pode, homem pode tudo”, a dominação masculina por meio de violência doméstica, sendo um número expressivo a cada dia, mas, que ainda precisa avançar com essas conquistas, a ditadura da beleza, homens “preferem as magras, gostosas e lindas”, ou seja, a ‘coisificação” da mulher pela mídia traz desconforto aos que não acreditam ou não se enquadrem neste modelo de mulher e logo se estimula a zombaria ou tornam-se escravas da indústria porque se sentem frustradas por não corresponderem às expectativas de padrão.  
De acordo com o exposto, conclui-se que certos valores são pilares para ter-se uma vida feliz. É necessário dar tempo para que as relações se construam. O amor é devagar, é preciso de tempo para o sentimento crescer. Vivemos amores líquidos e gasosos, as pessoas têm pressa para tudo, com calma evita-se a crise. A valorização e o respeito são valores essenciais. A mulher precisa aprender a dizer não, quando não deseja sexo, não quer fazer ou ir a algum lugar. Mulheres precisam aprender a fazer escolhas e tomar suas próprias decisões. Você é responsável pela sua história, e logo, pela sua escolha.
Mulheres felizes brilham mais e uma das melhores formas de escolher ser feliz todos os dias é por meio de como você vai construir suas relações. O amor é sublime e necessário.
Empodere-se!

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Por
Rejane Romero
Pedagoga
Assistente Social
Palestrante
Especialização em Psicologia dos Distúrbios de Conduta
Mestre em Psicologia Social
Assessora Pedagógica do Programa Comandante de Companhia – Marinha do Brasil

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