O AGRESSOR

    Há homens que impõem seus desejos deliberadamente à mulher, tais como: fazer sexo sem convite, sem iniciação e adotam imposições radicais para satisfazê-los, como se fossem um ditador. Acreditam que a mulher é sua propriedade e objeto.
       
O comportamento violento contra mulheres gera traumas incalculáveis, temos relatos quando algumas mulheres engravidam e comunica ao companheiro, ele a obriga abortar, demonstra desagrado e rejeição à gravidez, essas vítimas sentem-se coagidas. São homens violentos que podem ter algum transtorno antissocial que poderá se manifestar em situações de desagrado. Normalmente quando o indivíduo não tem argumentação diante da situação, ele agride, caracterizando um comportamento exageradamente impulsivo, uma aversão às regras sociais, ou seja, ausência de culpa e remorso perante as  infrações cometidas. Podem se apresentar como um príncipe, afetuoso, um modelo de perfeição, o sonho de toda mulher. Entretanto, ao longo do tempo, manifesta comportamento  de violência.
       Tal conduta pode oscilar entre carinho e crueldade. Esses agressores são resistentes a procurar um tratamento psicológico. É importante perceber, se o leitor tem alguém ao seu lado com essas características, mesmo apaixonada (o), é fundamental  se afastar. Assim, evitará problemas futuros e não será vítima, preservando-se de um estresse emocional.
      Nesse contexto, nota-se, a cada dia, o crescimento da violência, em todas as áreas, às pessoas não estão preparadas para as frustrações, não houve um preparo na infância e adolescência logo na fase adulta o indivíduo não está disposto a ter interferências negativas em sua vida então poderá agredir, fisicamente ou psicologicamente. Como exemplo, "você não vai sair", "não vai à casa de sua mãe", "retira essa maquiagem/ máscara ", "não quero você de batom", " não quero que você poste fotos", "retira essa roupa", " não vou dar dinheiro", " não, não, não ".
    Conflitos e divergências sempre existirão em relacionamentos, porém você não conseguirá mudar o comportamento do outro.  É uma tortura psicológica que é aceita em prol da paixão. Será que vale a pena viver dessa forma? É necessário começar a reagir, impor e se defender, a fim de dar um basta nessa humilhação e sofrimento. Até quando manterá essa relação conflituosa que a agride.

      Relacionamento não é 
uma guerra de sexos. Amor gera afeto, o homem precisa exercitar a inteligência emocional. Como pode achar que maltratando sua companheira (o) será amado (a)? Sexo é feito com carinho e espontâneo, não imposição e obrigação. O indivíduo precisa participar, ativamente, na relação a dois. Existem relatos de mulheres que expressam mágoas em sua fala, pelos companheiros, porque não estavam ao lado delas nos momentos importantes e inesquecíveis. Onde está a sensibilidade? Será tão difícil perceber que algumas mulheres são carentes de atenção e carinho? O relacionamento não é feito apenas de sexo.
    Vale ressaltar, a vida é de perdas e ganhos então o casal precisa dialogar, fazer um contrato verbal, visando estabelecer o que cada um, individualmente, gosta, não o que os dois gostam, embora estejam juntos mas possuem vidas independentes, os espaços devem ser respeitados.

       Reflita e adote:
  • Sentar para conversar;
  • Quais as expectativas que você tem para essa relação?
  • Vamos negociar, por exemplo: toda sexta-feira jogo futebol e você? O que gosta de fazer?
  • Noite de natal,  passaremos com sua família porém no ano novo será com os meus parentes;
  • A negociação é primordial numa relação;
  • Entrar em um acordo dentro da realidade e necessidades dos dois. Não é o ideal de um;
  • São posturas que o casal precisa adotar e administrar;
  • O que eu posso lhe oferecer, o que não posso. Criar expectativas nem sempre traz bons resultados;
  • Um precisa cuidar do outro;
  • Abra seu coração e diga: o que você está fazendo comigo não me faz bem, sofro, choro e não gosto. Se não parar de me agredir, irei me afastar de você porque cheguei ao meu limite. É preciso ter firmeza, posição e clareza.

   Dessa forma, é preciso compreender que você não é obrigada (o) ficar sofrendo, sendo desvalorizada e ofendida (o). A mulher precisa ser ouvida, feliz, amada e valorizada.





Por

Rejane Romero
Pedagoga
Assistente Social
Palestrante
Especialização em Psicologia dos Distúrbios de Conduta
Mestre em Psicologia Social
Assessora do Projeto Comandante de Companhia – Marinha do Brasil


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